terça-feira, 21 de setembro de 2021
terça-feira, 18 de maio de 2021
Atividade: O Problema Político e Moral.
quinta-feira, 22 de abril de 2021
Filosofia - Lipovetsky - O Crepúsculo do Dever"
Atividade
de Filosofia. - prof.Jr.Braga -
Ética e Moral parte II - Lipovetsky “O Crepúsculo do Dever”
Já não vivemos na era da moral de caráter religioso, baseada nos mandamentos divinos. Ainda haverá quem faça o bem para corresponder à vontade de Deus, é claro. Outro dia, por exemplo, no centro da cidade de São Paulo, vi três jovens vestidos com roupas rústicas, distribuindo palavras de amor como novos são franciscos. Contudo, contamos nos dedos os santos que querem ser santos.
Também não estamos mais na era do dever cumprido em nome da humanidade, em nome da pátria, em nome da sociedade, em nome da ideologia, em nome da família. É claro, ainda encontraremos quem contesta o adultério por uma questão de honestidade (e não por ser pecado); quem não pratica certos hábitos sexuais por uma questão de higiene (e não por ser pecado); quem ajuda o próximo por ser um igual, um companheiro (e não por ser outro filho de Deus). Contudo, cada vez são e serão menos numerosos os herdeiros de uma ética iluminista.
Hoje, segundo o autor francês, vivemos a moral pós-dever. Uma ética light. Uma ética indolor. Trabalhamos, não em nome da honra, mas em nome da eficácia. Deixamos de fumar ou somos antitabagistas, não em nome de Deus ou dos bons costumes, mas em nome da saúde pessoal. Evitamos a menor sombra de martírio ou sacrifício — preferimos falar em envolvimento, sedução, auto-aperfeiçoamento.
É claro: estamos em pleno crepúsculo do dever, daquele dever que se entendia como um imperativo decorrente de leis superiores, cujo autor é um legislador onipotente, ou foram leis descobertas por métodos racionais.
Está cada vez mais claro: já chegou a noite escura dos imperativos categóricos, e começamos a viver a noite luminosa do entretenimento, do dietético, da desculpabilização. Dedicamo-nos hoje, sem moralismos, à busca do prazer pessoal. Pautamo-nos, sem medo ou escrúpulos, pelo desejo, e não mais pelo obrigatório, fonte de abnegação.
Evidentemente, jamais descartaremos a noção da moral. Somos seres éticos, mesmo que nossa ética seja individualista, narcisista, ética como good business.
Questões:
-
Segundo o texto, qual é a moral em que vivemos atualmente?
-
Para Lipovetsky, estamos descartando a noção de moral?
domingo, 18 de abril de 2021
Filosofia - Três Concepções de Liberdade.
Textos sobre libertarismo, determinismo e dialética:
três concepções de liberdade.
A liberdade é, sem dúvida, um dos valores mais defendidos no mundo atual. Ela é considerada um direito inalienável na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão e na Constituição da maioria das nações. No caso do Brasil, este direito é garantido pelo artigo 5º da Constituição Federal.
Mas será que todo mundo entende a liberdade da mesma forma? Em nome desse valor moral tão exaltado já não se cometeram horríveis atrocidades? Será que ela se aplica da mesma maneira a todas as pessoas e classes sociais? Por exemplo: a Constituição brasileira diz, no artigo 5º, inciso XIII, que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Na prática, porém, todos podem escolher com liberdade a profissão que exercem ou vão exercer? O inciso XV do mesmo artigo diz que “é livre a locomoção no território nacional”. Mas todos têm iguais condições para decidir, por exemplo, quando, como e para onde desejam ir nas férias ou nos feriados prolongados? Será que a liberdade proclamada no plano formal (na lei, por exemplo, é assegurada na prática?
Do ponto de vista estritamente filosófico, podemos perguntar: o homem é livre para agir segundo a sua vontade ou está sujeito a alguma espécie de lei ou mecanismo que determina a forma como ele se comporta? Em outras palavras, as coisas acontecem de determinada forma porque têm que necessariamente acontecer assim ou somos nós quem as fazemos conforme bem entendemos? Ou será que, na verdade, tudo acontece por acaso? Existe um destino previamente traçado e do qual não conseguimos escapar ou somos nós os autores e sujeitos do nosso destino, da nossa história? Enfim, é possível ao homem exercer a liberdade? Em que medida?
A seguir, vamos conhecer três concepções de liberdade, entre várias outras possíveis: o libertarismo, o determinismo e a dialética.
Libertarismo
Para Aristóteles, o libertarismo é a possibilidade de o indivíduo decidir e agir conforme a sua própria vontade, sem interferências externas. Ser livre é agir voluntariamente, segundo a vontade do próprio agente que está ciente dos resultados que terá com suas escolhas. O que é agir involuntariamente? É quando a sua escolha não depende totalmente de sua vontade, você se torna forçado a fazer uma determinada coisa.
Muitas vezes a ação involuntária se dá por ignorância, por não saber fazer o correto. Existe uma diferença entre agir por ignorância e agir na ignorância. POR IGNORÂNCIA, a ausência da informação é a causa da ação. Exemplo: uma criança acidentalmente corta a mão, brincando com uma faca. NA IGNORÂNCIA, a ausência da informação não é a causa, mas outra coisa desencadeia a ação. Exemplo: João, nervoso, deu um soco em seu irmão.
A escolha é a base do libertarismo. Mas o que é escolha? É a capacidade de decidir por vontade própria, ou seja, a partir do pensamento racional. Será que podemos escolher o que quisermos ou certos acontecimentos interferem em nossas decisões? Muitas coisas fogem da nossa capacidade de escolher, elas se realizam sem a nossa ação inicial. Um pneu que fura na estrada, as secas, as chuvas, doenças hereditárias, apaixonar-se por alguém, etc.
Então, podemos concluir que as nossas escolhas dependem daquilo que está ao nosso alcance. Por isso, Aristóteles afirma que a escolha não pode visar a coisas impossíveis, e se alguém declarasse que as escolheu passaria por tolo.
Determinismo: Alvo de muitas críticas, o determinismo é uma teoria filosófica que afirma que as escolhas e ações humanas não acontecem devido ao livre-arbítrio, mas por relações de causalidade.
Dialética: A concepção dialética de liberdade é baseada numa perspectiva que não é totalmente livre em todos os termos, como pode propor o libertarismo, e nem mesmo é determinada, dada, pela natureza, como propõe o determinismo. Uma liberdade dialética é definida nas relações com o outro. A perspectiva dialética permite superar tanto a onipotência do libertarismo quanto a impotência do determinismo, colocando sobre nossos ombros a exata medida de responsabilidade que nos cabe na construção de nosso destino. De fato, não podemos tudo. Mas há algo que podemos, a partir das condições objetivas em que nos encontramos. E a nesta margem relativa de possibilidades limitadas que podemos fazer valer a nossa liberdade. A dialética pode ser descrita como a arte do diálogo.
Para finalizar algumas considerações sobre liberdade e solidariedade
Solidariedade como sentimento de amor e compaixão pelos necessitados e injustiçados.
Para Aristóteles, a liberdade se opõe ao que é externamente condicionado e ao acaso. É necessário dominar as paixões e seguir a razão.
Para Jean Paul Sartre: "Estamos condenados à liberdade. Conformar-se ou rebelar-se são igualmente escolhas livres".
Questões
1 – O que é libertarismo?
2 – Qual a diferença de agir na ignorância e por ignorância?
3 – Como é a concepção de liberdade da dialética?
Pode ser respondido em: prof.jr.braga@gmail.com
sexta-feira, 9 de abril de 2021
SOCIOLOGIA - O TEATRO IMAGINÁRIO DE GOFFMAN
SOCIOLOGIA – 1ª SÉRIE - PROF.JR.BRAGA.
RELAÇÕES E INTERAÇÕES SOCIAIS NA VIDA COTIDIANA
Analisaremos algumas formas de relação e interação entre seres humanos no interior de grupos sociais. Tomando como base, aquilo que interiorizamos durante o processo de socialização que, consciente ou inconscientemente, empregamos no dia-a-dia para nos relacionarmos com os outros. Para isso, utilizaremos como referencial teórico a abordagem do sociólogo canadense Erving Goffman (1922-1982) .Erving Goffman nasceu no Canadá, em 1922 e faleceu na Filadélfia, em 1982, nos Estados Unidos. Foi um sociólogo reconhecido por seus estudos sobre as interações humanas. Seu método de pesquisa de preferência era a observação, e a partir dele escreveu sobre o comportamento cotidiano das pessoas em diversas situações, analisou as diferenças entre o comportamento masculino e feminino, de pessoas internadas em instituições de tratamento de doenças mentais, além de outros temas de interesse também da Antropologia e da Psiquiatria. Entre suas obras mais famosas, destaca-se o livro “A representação do eu na vida cotidiana”.
Para entender como nos relacionamos com as outras pessoas no dia-a-dia, Goffman propôs que pensássemos as interações como se elas estivessem ocorrendo no espaço de um “teatro imaginário”. Desse modo, ele utiliza as mesmas denominações retiradas da linguagem teatral para se referir aos dramas sociais.: palco, plateia. Fachada e bastidores.
- Palco: é onde os atores, ou seja, as pessoas que participam ativamente da representação desenvolvem a interação. É composto de um “cenário”, compreendendo a mobília, a decoração, a distribuição das pessoas e dos objetos no espaço e outros elementos que compõem o “pano de fundo” para o desenrolar da ação humana executada dentro dele.
- Plateia: é onde ficam os observadores, ou seja, as pessoas que observam a interação,
mas não atuam diretamente. Elas são parte importante da repre/sentação, porque as
ações sempre são influenciadas por quem nos está assistindo.
- Fachada: é a parte da frente do palco, onde se desenvolve a representação. Goffman
também utiliza esse termo para se referir ao tipo de comportamento que adotamos
quando estamos diante de outras pessoas, ou em outras palavras, o papel.
- Bastidores: é a parte que fica por detrás do palco, que não pode ser vista pelo público
que está na plateia. Justamente porque não pode ser vista, é o local ideal para que os
comportamentos que precisam ser manipulados para uma plateia deixem de sê-lo.
É nos bastidores que os atores podem ficar mais à vontade, sair do papel, relaxar, enfim, deixar de representar.
Para dar um exemplo de como isso funciona na vida real, analise a ilustração no quadrinho a seguir.
“Sr. Farinha, o presidente de nossa empresa vem nos visitar, portanto, trate de limpar a sua mesa.”
O que o homem de terno listrado pretende com isso?
Quem foi Erving Goffman?
Explique o que significa “teatro imaginário” para Goffman.
PODE SER RESPONDIDA NO E-MAIL: prof.jr.braga@gmail.com









