terça-feira, 21 de setembro de 2021

Dia da Árvore

Atividades realizadas na E.E. Dr. Tolentino Miraglia e EMEF Professora Norma Botelho - Caic de Jaú

terça-feira, 18 de maio de 2021

Atividade: O Problema Político e Moral.

O Problema Politico – Atividade de Sociologia e Filosofia - prof. Braga. A justiça seria uma coisa simples, se os homens fossem simples, diz Platão; um comunismo anarquista seria o bastante (utopia). __ A utopia deve começar essencialmente no corpo do homem “ (…) através da música, a alma aprende harmonia e ritmo e, até, uma propensão à justiça” poderá aquele que é harmonicamente constituído vir a ser injusto? (…) o ritmo e a harmonia penetram nos pontos secretos da alma, levando graça em seus movimentos e tornando a alma graciosa” (Protágoras). A Música modela o caráter e, portanto, participa da determinação de questões sociais e políticas. __ No Estado perfeito as forças industriais iriam produzir, mas não governar, as forças militares iriam proteger, mas não governar, as forças do conhecimento, da ciência e da filosofia seriam alimentadas e protegidas e iriam governar” Enquanto (…) a sabedoria e a liderança política não se encontrarem no mesmo homem (…) as cidades jamais deixarão de sofrer seus males, o mesmo acontecendo com a raça humana. Toda forma de governo tende a se deteriorar devido ao excesso de seu princípio básico. A Aristocracia se arruína por limitar com demasiado rigor o círculo dentro do qual se concentra o poder, a oligarquia se arruína pela irrefletida corrida em busca da riqueza imediata. Em qualquer dos dois casos o fim é a revolução. Mas até a democracia se arruína por excesso de … democracia. Seu princípio básico é o direito que todos têm de exercer um cargo público e determinar a política do governo. Isso à primeira vista, é um sistema encantador, ele se torna desastroso porque o povo não está adequadamente preparado, pela educação, para selecionar os melhores governantes. Democracia significa perfeita igualdade de oportunidade, em especial na educação; não o rodízio de homens comuns nos cargos públicos. A sociedade perfeita seria aquela em que cada classe e cada unidade estivesse fazendo o trabalho ao qual sua natureza e aptidão melhor se adaptassem; aquela em que nenhuma classe ou indivíduo riria interferir nos outros, mas todos iriam cooperar na diferença para produzir um todo eficiente e harmonioso. Este seria um Estado justo. E no indivíduo também, justiça e coordenação eficiente. Todo indivíduo é um cosmos ou um caos de desejos, emoções e ideias; deixe que eles entrem em harmonia e o indivíduo sobrevive e obtém sucesso, deixe que eles percam seu lugar e sua função adequados e começa a desintegração da personalidade, o fracasso avança como a noite inevitável. Platão acredita que uma nação não pode ser forte, a menos que acredite em Deus. Há um meio melhor, que é o de dar às exigências morais da comunidade a sanção de uma autoridade sobrenatural. Temos de ter uma religião. Admite-se que nenhuma crença pode sera demonstrada, que deus pode, afinal das contas, ser apenas o ideal personificado de nosso amor e de nossa esperança. A verdade muda de roupa com frequência (como toda mulher bonita) mas sob o novo hábito continua sempre a mesma. Todas as concepções morais giram em torno do bem geral. A moralidade disse Jesus, é a bondade para com os mais fracos; moralidade disse Nietzsche, é a bravura dos fortes; moralidade disse Platão, é a eficiente harmonia do todo. É provável que todas as três doutrinas devam ser combinadas para que se encontre a ética perfeita; mas será que podemos duvidar de qual dos elementos é fundamental? (Síntese elaborada com base no Livro fonte: “A História da Filosofia” de Will Durant). Questões 1- Qual a importância da música na educação na Grécia antiga? Na sua opinião qual importância? 2 - Segundo o texto, porque a democracia torna-se desastrosa? 3 – Como seria a sociedade perfeita, segundo o filósofo Platão? Para você como seria? 4 – Como uma nação pode ser forte? (Dê a sua opinião também)

quinta-feira, 22 de abril de 2021

Filosofia - Lipovetsky - O Crepúsculo do Dever"

      Atividade de Filosofia. - prof.Jr.Braga -

Ética e Moral parte II - Lipovetsky “O Crepúsculo do Dever”

Já não vivemos na era da moral de caráter religioso, baseada nos mandamentos divinos. Ainda haverá quem faça o bem para corresponder à vontade de Deus, é claro. Outro dia, por exemplo, no centro da cidade de São Paulo, vi três jovens vestidos com roupas rústicas, distribuindo palavras de amor como novos são franciscos. Contudo, contamos nos dedos os santos que querem ser santos.

Também não estamos mais na era do dever cumprido em nome da humanidade, em nome da pátria, em nome da sociedade, em nome da ideologia, em nome da família. É claro, ainda encontraremos quem contesta o adultério por uma questão de honestidade (e não por ser pecado); quem não pratica certos hábitos sexuais por uma questão de higiene (e não por ser pecado); quem ajuda o próximo por ser um igual, um companheiro (e não por ser outro filho de Deus). Contudo, cada vez são e serão menos numerosos os herdeiros de uma ética iluminista.

Hoje, segundo o autor francês, vivemos a moral pós-dever. Uma ética light. Uma ética indolor. Trabalhamos, não em nome da honra, mas em nome da eficácia. Deixamos de fumar ou somos antitabagistas, não em nome de Deus ou dos bons costumes, mas em nome da saúde pessoal. Evitamos a menor sombra de martírio ou sacrifício — preferimos falar em envolvimento, sedução, auto-aperfeiçoamento.

É claro: estamos em pleno crepúsculo do dever, daquele dever que se entendia como um imperativo decorrente de leis superiores, cujo autor é um legislador onipotente, ou foram leis descobertas por métodos racionais.

Está cada vez mais claro: já chegou a noite escura dos imperativos categóricos, e começamos a viver a noite luminosa do entretenimento, do dietético, da desculpabilização. Dedicamo-nos hoje, sem moralismos, à busca do prazer pessoal. Pautamo-nos, sem medo ou escrúpulos, pelo desejo, e não mais pelo obrigatório, fonte de abnegação.

Evidentemente, jamais descartaremos a noção da moral. Somos seres éticos, mesmo que nossa ética seja individualista, narcisista, ética como good business.

Questões:

  1. Segundo o texto, qual é a moral em que vivemos atualmente?

  2. Para Lipovetsky, estamos descartando a noção de moral?







domingo, 18 de abril de 2021

Filosofia - Três Concepções de Liberdade.

 

Textos sobre libertarismo, determinismo e dialética: 

três concepções de liberdade.   


    A liberdade é, sem dúvida, um dos valores mais defendidos no mundo atual. Ela é considerada um direito inalienável na Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão e na Constituição da maioria das nações. No caso do Brasil, este direito é garantido pelo artigo 5º da Constituição Federal.
    Mas será que todo mundo entende a liberdade da mesma forma? Em nome desse valor moral tão exaltado já não se cometeram horríveis atrocidades? Será que ela se aplica da mesma maneira a todas as pessoas e classes sociais? Por exemplo: a Constituição brasileira diz, no artigo 5º, inciso XIII, que “é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer”. Na prática, porém, todos podem escolher com liberdade a profissão que exercem ou vão exercer? O inciso XV do mesmo artigo diz que “é livre a locomoção no território nacional”. Mas todos têm iguais condições para decidir, por exemplo, quando, como e para onde desejam ir nas férias ou nos feriados prolongados? Será que a liberdade proclamada no plano formal (na lei, por exemplo, é assegurada na prática?
    Do ponto de vista estritamente filosófico, podemos perguntar: o homem é livre para agir segundo a sua vontade ou está sujeito a alguma espécie de lei ou mecanismo que determina a forma como ele se comporta? Em outras palavras, as coisas acontecem de determinada forma porque têm que necessariamente acontecer assim ou somos nós quem as fazemos conforme bem entendemos? Ou será que, na verdade, tudo acontece por acaso? Existe um destino previamente traçado e do qual não conseguimos escapar ou somos nós os autores e sujeitos do nosso destino, da nossa história? Enfim, é possível ao homem exercer a liberdade? Em que medida?
    A seguir, vamos conhecer três concepções de liberdade, entre várias outras possíveis: o libertarismo, o determinismo e a dialética.
    Libertarismo
    Para Aristóteles, o libertarismo é a possibilidade de o indivíduo decidir e agir conforme a sua própria vontade, sem interferências externas. Ser livre é agir voluntariamente, segundo a vontade do próprio agente que está ciente dos resultados que terá com suas escolhas. O que é agir involuntariamente? É quando a sua escolha não depende totalmente de sua vontade, você se torna forçado a fazer uma determinada coisa.
    Muitas vezes a ação involuntária se dá por ignorância, por não saber fazer o correto. Existe uma diferença entre agir por ignorância e agir na ignorância. POR IGNORÂNCIA, a ausência da informação é a causa da ação. Exemplo: uma criança acidentalmente corta a mão, brincando com uma faca. NA IGNORÂNCIA, a ausência da informação não é a causa, mas outra coisa desencadeia a ação. Exemplo: João, nervoso, deu um soco em seu irmão.
    A escolha é a base do libertarismo. Mas o que é escolha? É a capacidade de decidir por vontade própria, ou seja, a partir do pensamento racional. Será que podemos escolher o que quisermos ou certos acontecimentos interferem em nossas decisões? Muitas coisas fogem da nossa capacidade de escolher, elas se realizam sem a nossa ação inicial. Um pneu que fura na estrada, as secas, as chuvas, doenças hereditárias, apaixonar-se por alguém, etc.
    Então, podemos concluir que as nossas escolhas dependem daquilo que está ao nosso alcance. Por isso, Aristóteles afirma que a escolha não pode visar a coisas impossíveis, e se alguém declarasse que as escolheu passaria por tolo.
    Determinismo: Alvo de muitas críticas, o determinismo é uma teoria filosófica que afirma que as escolhas e ações humanas não acontecem devido ao livre-arbítrio, mas por relações de causalidade.
    Dialética: A concepção dialética de liberdade é baseada numa perspectiva que não é totalmente livre em todos os termos, como pode propor o libertarismo, e nem mesmo é determinada, dada, pela natureza, como propõe o determinismo. Uma liberdade dialética é definida nas relações com o outro. A perspectiva dialética permite superar tanto a onipotência do libertarismo quanto a impotência do determinismo, colocando sobre nossos ombros a exata medida de responsabilidade que nos cabe na construção de nosso destino. De fato, não podemos tudo. Mas há algo que podemos, a partir das condições objetivas em que nos encontramos. E a nesta margem relativa de possibilidades limitadas que podemos fazer valer a nossa liberdade. A dialética pode ser descrita como a arte do diálogo.

Para finalizar algumas considerações sobre liberdade e solidariedade

Solidariedade como sentimento de amor e compaixão pelos necessitados e injustiçados.

Para Aristóteles, a liberdade se opõe ao que é externamente condicionado e ao acaso. É necessário dominar as paixões e seguir a razão.

Para Jean Paul Sartre: "Estamos condenados à liberdade. Conformar-se ou rebelar-se são igualmente escolhas livres".


Questões
1 – O que é libertarismo?
2 – Qual a diferença de agir na ignorância e por ignorância?
3 – Como é a concepção de liberdade da dialética?

Pode ser respondido em: prof.jr.braga@gmail.com


sexta-feira, 9 de abril de 2021

SOCIOLOGIA - O TEATRO IMAGINÁRIO DE GOFFMAN

      SOCIOLOGIA – 1ª SÉRIE - PROF.JR.BRAGA.

RELAÇÕES E INTERAÇÕES SOCIAIS NA VIDA COTIDIANA

Analisaremos algumas formas de relação e interação entre seres humanos no interior de grupos sociais. Tomando como base, aquilo que interiorizamos durante o processo de socialização  que, consciente ou inconscientemente, empregamos no dia-a-dia para nos relacionarmos com os outros. Para isso, utilizaremos como referencial teórico a abordagem do sociólogo canadense Erving Goffman (1922-1982) .

Erving Goffman nasceu no Canadá, em 1922 e faleceu na Filadélfia, em 1982, nos Estados Unidos. Foi um sociólogo reconhecido por seus estudos sobre as interações humanas. Seu método de pesquisa de preferência era a observação, e a partir dele escreveu sobre o comportamento cotidiano das pessoas em diversas situações, analisou as diferenças entre o comportamento masculino e feminino, de pessoas internadas em instituições de tratamento de doenças mentais, além de outros temas de interesse também da Antropologia e da Psiquiatria. Entre suas obras mais famosas, destaca-se o livro  “A representação do eu na vida cotidiana”.
Para entender como nos relacionamos com as outras pessoas no dia-a-dia, Goffman propôs que pensássemos as interações como se elas estivessem ocorrendo no espaço de um “teatro imaginário”. Desse modo, ele utiliza as mesmas denominações retiradas da linguagem teatral para se referir aos dramas sociais.: palco, plateia. Fachada e bastidores.

- Palco: é onde os atores, ou seja, as pessoas que participam ativamente da representação desenvolvem a interação. É composto de um “cenário”, compreendendo a mobília, a decoração, a distribuição das pessoas e dos objetos no espaço e outros elementos que compõem o “pano de fundo” para o desenrolar da ação humana executada dentro dele.

-  Plateia: é onde ficam os observadores, ou seja, as pessoas que observam a interação,
mas não atuam diretamente. Elas são parte importante da repre/sentação, porque as
ações sempre são influenciadas por quem nos está assistindo.

-  Fachada: é a parte da frente do palco, onde se desenvolve a representação. Goffman
também utiliza esse termo para se referir ao tipo de comportamento que adotamos
quando estamos diante de outras pessoas, ou em outras palavras, o papel.

- Bastidores: é a parte que fica por detrás do palco, que não pode ser vista pelo público
que está na plateia. Justamente porque não pode ser vista, é o local ideal para que os
comportamentos que precisam ser manipulados para uma plateia deixem de sê-lo.
É nos bastidores que os atores podem ficar mais à vontade, sair do papel, relaxar, enfim, deixar de representar.

Para dar um exemplo de como isso funciona na vida real, analise a ilustração no quadrinho a seguir.
“Sr. Farinha, o presidente de nossa empresa vem nos visitar, portanto, trate de limpar a sua mesa.”




O que o homem de terno listrado pretende com isso?


Quem foi Erving Goffman?


Explique o que significa “teatro imaginário” para Goffman.
 
PODE SER RESPONDIDA NO E-MAIL: prof.jr.braga@gmail.com