segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Atividade de Sociologia - 1ºano - Senso Comum - Olhar sociológico.

               

 E.E. Dr. Tolentino Miraglia.

 

Atividade de Sociologia – Prof. Jr. Braga.

Estamos acostumados a olhar para o que acontece ao nosso redor, para as pessoas que nos cercam, e a encarar tudo como natural, como se o mundo fosse assim e sempre tivesse sido.

As explicações que somos capazes de dar para os acontecimentos da vida em sociedade são marcadas por uma forma de conhecimento orientado por prenoções e juízos de valor.

Para desenvolver um olhar sociológico é preciso mudar essa forma de encarar a realidade.

Juízo de valor é um juízo que enuncia uma apreciação negativa ou positiva das coisas, ou seja, um julgamento baseado em valores.

A proposta desta Situação de Aprendizagem é fazer justamente isso: mostrar a você que há outras formas de ver a realidade, de olhar para um mesmo objeto. No caso da Sociologia, isso passa pelo olhar de estranhamento da realidade, ou seja, de desnaturalização da nossa maneira de ver o mundo. Quase tudo que vemos em nossa sociedade é cultural, quase nada é natural. Percebendo que uma sociedade pode ser muito diferente de outra percebemos também que não é natural e que pode-se mudá-la, transformá-la. Desta forma começamos a usar o “olhar sociológico” que é um observar, isto é, um olhar mais aprofundado que utiliza o estranhamento e a desnaturalização como princípios metodológicos e o senso crítico, baseado em juízo de fatos, para compreender a sociedade em que vivemos.

Objeto ou objeto de estudo é o nome dado pelos sociólogos e cientistas sociais para os fenômenos que eles estudam.

Estranhamento é um olhar de afastamento e de crítica com relação a tudo que lhe parece natural, verdadeiro e definitivo.

A Sociologia é uma ciência e não se faz ciência baseando-se no senso comum.

Toda construção científica é um lento processo de afastamento do senso comum. Não se pensa sociologicamente imerso nele. O olhar humano está sempre repleto de pré-noções sobre a realidade que nos ajudam a compreendê-la, e essas pré-noções estão repletas de conhecimento do senso comum, que é uma forma válida de pensamento, mas não é o único. Como é marcado pela superficialidade, o preconceito, os sentimentos, entre outras características, se quisermos construir um conhecimento coerente e consistente, precisamos afastar as pré-noções e os julgamentos de valor que estão presentes no senso comum. A ciência se constrói com um cuidado metodológico ao olhar a realidade que procura se afastar dos juízos de valor típicos do senso comum.


Características do senso comum: Imediatista, Superficial, Acrítico, Cheio de sentimentos e Cheio de preconceitos.

I m e d i a t i s t a: O senso comum se caracteriza muitas vezes por ser extremamente simplista, ou seja, muitas vezes não é fruto de uma reflexão mais cuidadosa. Não se preocupa em definir nada muito bem, não tem, portanto, preocupação com as palavras que emprega.

S u p e r f i c i a l: É uma forma de conhecimento que se conforma com a aparência. Muitas vezes usa frases como: “porque vi”, “porque senti”, “porque disseram”, “porque todo mundo diz” etc. Ou seja, muitas vezes não procura ir além de uma primeira explicação.

A c r í t i c o: Como ele é superficial e aceita muitas vezes a primeira explicação, é também acrítico, pois não estabelece uma visão aprofundada do que vê, não questiona o que é dito.

C h e i o d e s e n t i m e n t o s: Nossa visão da realidade é marcada excessivamente por nossas emoções, e elas, normalmente, tiram a objetividade, pois são pessoais e não estão baseadas na razão. Elas podem fazer com que ajamos de forma irracional. E o conhecimento do senso comum muitas vezes é repleto de emoções já que se baseia numa primeira impressão.

C h e i o d e p r e c o n c e i t o s: O senso comum, muitas vezes, é repleto de preconceitos. O preconceito é um pré-conceituar, ou seja, é a atitude de achar que já se sabe, sem conhecer de verdade algo, pois usa explicações prontas que estão repletas de juízos de valor. Portanto, a atitude preconceituosa em relação à realidade e a tudo o que a cerca é aquela da pessoa que julga sem conhecer, com base no que acredita ser ou que deva ser.


Questões:

1 - O que é juízo de valor?

2 - Quais são as características do senso comum?

3 - O que é estranhamento?

4 - Qual é o nome dados pelos sociólogos para os fenômenos que eles estudam?









segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Atividade de Sociologia 1ºano - Instinto e Cultura II.

            
E.E. Dr. Tolentino Miraglia.

Atividade de sociologia 1º ano – Instinto e Cultura II.

O comportamento dos homens é regido por símbolos que variam de uma cultura para outra.
Com os animais não acontece o mesmo.
É possível dizer que o homem é movido mais pela cultura do que pelos seus instintos.

À medida que cresce, o homem é cada vez menos conduzido pelos seus instintos e cada vez mais pela cultura. É claro que o homem é um ser biológico que depende de uma série de funções vitais: todos os homens comem, dormem, bebem etc. Entretanto, a maneira de satisfazer essas diferentes funções biológicas varia de uma cultura para outra.

Assim, entende-se que o comportamento do homem é fruto da interação entre biologia e cultura.

O homem é resultado do meio social em que foi socializado. Se o homem fosse mesmo um ser levado predominantemente pelos seus instintos, todos nós, em uma mesma situação, agiríamos da
mesma forma. Mas não é isso o que acontece, porque, apesar de o instinto ser o mesmo em todos os lugares, não somos regidos somente pelo instinto.

A respeito do ser humano:
a) só ele produz cultura: ora, o que diferencia o homem dos outros animais é o fato de que ele é o único ser que possui cultura;
b) só o homem acumula experiências e as transmite de geração para geração, formando uma herança cultural; os primatas, como todos nós sabemos, são os seres que mais se parecem com o homem. Entretanto, ao contrário do homem, que vai acumulando experiências e as transmitindo para as sucessivas gerações, os primatas não fazem isso. Eles habitam as florestas e vivem sempre da mesma forma. O homem, por exemplo, não vive mais em cavernas. Ano a ano, de geração a geração, nós vamos acumulando experiências e saberes a respeito da natureza. Algo que não acontece com os outros animais. Os animais mudam o seu comportamento quando há uma mudança no meio físico, mas não porque resolvem agir de forma diferente;
c) só o homem renova e transforma seu comportamento: ao contrário dos outros animais, cujo comportamento se modifica para se adaptar a mudanças do meio físico, o homem está sempre renovando e transformando seus comportamentos, independentemente do meio físico no qual habita. O meio físico pode provocar certas mudanças no comportamento dos seres humanos,
mas isso não é algo que determina a nossa maneira de agir. É o contato com outros homens e culturas que provoca a renovação e a transformação nos hábitos, costumes, maneiras de pensar e de agir dos seres humanos. O homem é capaz de partilhar e transmitir a experiência. Ele a vai acumulando, os outros animais não. Mas ele não só a acumula. Com a acumulação ele
vai transformando os comportamentos anteriores;

Tudo isso é o resultado da interação com o meio físico e não só adaptação. Ou seja, o homem não
só reage às adversidades do meio físico, mas também o transforma e cria coisas, com essa experiên-
cia, igualmente se transformando nesse processo.

d) o homem é guiado mais pela cultura do que pelos seus instintos: isso porque, à medida
que o homem cresce, vai sendo cada vez menos levado pelos seus instintos e cada
vez mais orientado pela cultura. É claro que o homem é um ser biológico, que depende de uma série de funções vitais: todos os homens comem, dormem, bebem. Entretanto, a maneira de satisfazer essas diferentes funções biológicas varia de uma cultura para outra;
e) o processo de evolução do homem ocorre de forma diferente em relação ao dos animais: um cachorrinho recém-nascido pode ser criado por uma gata. Mas por mais que a gata procure ensiná-lo, o cachorro não miará. Ele rosnará, latirá, mas não miará. Ou seja, nenhuma privação de associação com sua espécie fará do cachorro um gato. Isso porque o cachorro, assim como os outros animais, é movido primordialmente por seus instintos e é programado geneticamente para agir como um cachorro. Já com o homem a questão é outra. Ao nascer, ele é totalmente dependente de outros seres humanos e dificilmente conseguirá viver afastado dos homens. E, se um bebê
nascido em uma cultura é adotado por um casal de outra cultura, ele aprenderá a língua e os hábitos do novo grupo. Não vai agir como seus pais biológicos, ou gostar das mesmas coisas que eles,
mas será, sim, influenciado pelos seus pais adotivos. O homem, portanto, é resultado do meio em que foi socializado. Se o homem fosse mesmo um ser guiado predominantemente pelos seus instintos, todos nós agiríamos da mesma forma em uma mesma situação, e não é isso o que
acontece.

Questões:
1 – A respeito do homem, o que o diferencia dos outros animais?
2 – O que, segundo o texto, acontece com o homem na medida em que cresce?
3 – Segundo o texto, o homem é resultado dos seus instintos? Justifique
Sim (  )      Não (   ).

Pode ser respondido em: jamaral@prof.educacao.sp.gov.br

Atividade de Sociologia 2º ano - Divisão Social do Trabalho e Alienação.

  

 E.E. Dr. Tolentino Miraglia.

Atividade de Sociologia 2ºano Divisão Social do trabalho


Leitura e análise de texto


Uma das características mais distintivas do sistema econômico das sociedades modernas é a existência de uma divisão do trabalho extremamente complexa, como consequência o trabalho passou a ser dividido em um número enorme de ocupações diferentes nas quais as pessoas se especializam.

Nas sociedades tradicionais, o trabalho que não fosse agrário implicava o domínio de um ofício. As habilidades do ofício eram adquiridas em um período prolongado de aprendizagem, e o trabalhador normalmente realizava todos os aspectos do processo de produção, do início ao fim. Por exemplo, quem trabalhasse com metal e tivesse que fazer um arado iria forjar o ferro, dar-lhe a forma e montar o próprio implemento. Com o progresso da produção industrial moderna, a maioria dos ofícios tradicionais desapareceu completamente, sendo substituída por habilidades que fazem parte de processos de produção de maior escala. Um eletricista que hoje trabalhe em um ambiente industrial, por exemplo, pode examinar e consertar alguns componentes de um tipo de máquina; diferentes pessoas lidarão com os demais componentes e com outras máquinas. A sociedade moderna testemunhou uma mudança na localização do trabalho. Antes da industrialização, a maior parte do trabalho ocorria em casa, sendo concluído coletivamente por todos os membros da família. Os avanços na tecnologia industrial, como o uso do carvão, contribuíram para a separação entre trabalho e casa. As fábricas de propriedade dos empresários tornaram-se foco de desenvolvimento industrial: maquinários e equipamentos concentraram-se dentro destas, e a produção em massa de mercadorias começou a ofuscar a habilidade artesanal em pequena escala, que tinha a casa como base. As pessoas que procurassem emprego em fábricas eram treinadas para se especializarem em uma tarefa, recebendo um ordenado por esse trabalho. O desempenho era supervisionado pelos gerentes, os quais se preocupavam em implementar técnicas para ampliar a produtividade e a disciplina dos trabalhadores. O contraste que existe na divisão do trabalho entre as sociedades tradicionais e as modernas é verdadeiramente extraordinário. Mesmo nas maiores sociedades tradicionais, geralmente não havia mais do que 20 ou 30 ofícios, contando funções especializadas como as de mercador, soldado e padre. Em um sistema industrial moderno, existem literalmente milhares de ocupações distintas. O censo do RU [Reino Unido] lista cerca de 20 mil empregos diferentes na economia britânica. Nas comunidades tradicionais, a maior parte das pessoas trabalhava na agricultura, sendo economicamente autossuficiente. Produziam seus próprios alimentos, suas roupas, além de outros artigos que necessitassem. Um dos aspectos principais das sociedades modernas, em contraste, é uma enorme expansão da interdependência econômica. Para termos acesso aos produtos e aos serviços que nos mantêm vivos, todos nós dependemos de um número imenso de trabalhadores – que, hoje em dia, estão bem espalhados pelo mundo. Com raras exceções, a vasta maioria dos indivíduos nas sociedades modernas não produz o alimento que come, a casa onde mora ou os bens materiais que consome.

Os primeiros sociólogos escreveram extensivamente a respeito das consequências potenciais da divisão do trabalho – tanto para os trabalhadores em termos individuais como para toda a sociedade. Para Marx, a mudança para a industrialização e a mão de obra assalariada certamente resultaria numa alienação entre os trabalhadores. Uma vez que estivessem empregados numa fábrica, os trabalhadores perderiam todo o controle do seu trabalho, sendo obrigados a desempenhar tarefas monótonas, de rotina, que despojariam seu trabalho do valor criativo intrínseco. Em um sistema capitalista, os trabalhadores acabam adotando uma orientação instrumental para o trabalho, afirmava ele, vendo-o como nada mais do que uma maneira de ganhar a vida. GIDDENS, Anthony. Sociologia. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. p. 309.


Questões:

1 - Qual é a principal diferença entre as sociedades tradicionais e as sociedades modernas no que diz respeito à divisão do trabalho? Quais foram as consequências dessa mudança?


2 - Para Marx a mudança promovida pela industrialização resultaria no que? Explique.

 

3 - O que é a interdependência econômica que existe hoje nas sociedades modernas?

 

Dúvidas ou pode ser respondido em: jamaral@prof.educacao.sp.gov.br

 

 

 

 

Atividade de Sociologia 3ºano - Elementos do Estado II.

 E.E. Dr.Tolentino Miraglia.

     S O C I O L O G I A .

Atividade: Elementos do Estado II.







População e povo são sinônimos?
Não! É importante distinguir população de povo:
“Integram a população todas as pessoas residentes dentro do território estatal ou todas as pessoas presentes no território do Estado, num determinado momento, inclusive estrangeiros e apátridas”. Em outras palavras, a população abrange o conjunto de pessoas que vivem no território estatal ou mesmo que permaneçam nele temporariamente. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira é proximadamente de 209,5 milhões de habitantes.
 
Nas democracias atuais, o povo adquire um sentido político, uma vez que está
ligado à noção de cidadania e, para isso, depende de estar ligado ao Estado por meio do status da nacionalidade. “Povo, em sentido democrático, pressupõe a totalidade dos que possuem o status da nacionalidade, os quais devem agir, conscientes de sua cidadania ativa, segundo ideias, interesses e representações de natureza política” .

Também é interessante destacar que o território de um Estado não consiste apenas nas
fronteiras nacionais, mas em um conjunto de partes que vão além da superfície terrestre,
como, por exemplo:
- solo : porção de terras delimitadas pelas fronteiras internacionais e pelo mar;
- subsolo : porção de terras sob o solo, com a mesma delimitação deste;
- espaço aéreo : coluna imaginária de ar que acompanha o contorno do território terrestre, somado ao mar territorial;
- embaixadas : sedes de representação diplomática dos diversos Estados, que são consideradas parcelas do território nacional nos países estrangeiros;
- navios e aviões militares : são considerados como parte do Estado referente ao país a que pertencem, em qualquer lugar que estejam;
- navios e aviões de uso comercial ou civil : que estejam sobrevoando ou navegando em território não pertencente a outros Estados;
- mar territorial : estende-se por 12 milhas marítimas (22,2 km) para defesa militar e 200 milhas marítimas (370 km) para exploração econômica.

Segundo o IBGE, a área territorial oficial do Brasil é de 8.514.876,599 km 2 .

Finalmente, é preciso compreender em que consiste o governo. Governo não é o mesmo que Estado, mas sim o poder do Estado, dividido em funções, geralmente representadas pelos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

“Os vereadores municipais, deputados estaduais, deputados federais e senadores exercitam a função legislativa, investidos em seus mandatos. Prefeitos, governadores e presidente da República, a exemplo de outros, exercem o poder de administrar, garantir a segurança do território, lançar impostos sobre a população, realizar obras que beneficiem tal população em matéria viária, educacional, sanitária ou cultural, ou ainda executam atividades de fiscalização e controle (o chamado poder de polícia) exercitam o poder (e a função) executivo. Por fim, juízes, desembargadores e árbitros, entre outros, com o poder de julgar, de acordo com as leis vigentes, os conflitos na esfera pública ou privada, exercem o poder judiciário”. DE CICCO, C. e GONZAGA, A. de A. Teoria Geral do Estado e Ciência Política. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2008. p. 45.

Questões da atividade:
1. Quais são os Poderes do Estado?
2. Identifique dois cargos associados a cada um dos Poderes e dê exemplos de suas atribuições.
3 – Qual a diferença entre povo e população?




Pode ser respondido no e-mail: jamaral@prof.educacao.sp.gov.br