terça-feira, 26 de maio de 2020

Eletiva: Projeto Jequitibá.

.E.Dr. Domingos de Magalhães.      Prof. Braga

Projeto Jequitibá - Cultura Paulista – Eletiva.

Jequitibá rosa é a árvore símbolo do Estado de São Paulo.




Você conhece o arquivo público do Estado de São Paulo?
Acesse: http://www.arquivoestado.sp.gov.br/site/difusao/exposicoes_virtuais

Faça uma pesquisa com o Tema Cultura Paulista!

O texto a seguir, foi retirado da  Wikipédia, é focado na cidade de São Paulo, em nosso trabalho vamos pensar no Estado de São Paulo. Pode ser referente a cultura de qualquer região de nosso estado.



Cultura de São Paulo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A cultura de São Paulo foi largamente influenciada pelos diversos grupos de imigrantes que ali se estabeleceram, principalmente portugueses, japoneses, italianos, espanhóis e também de migrantes, principalmente nordestinos. São Paulo possui uma ampla rede de teatros, casas de show e espetáculo, bares e grandes eventos culturais como a Bienal de São Paulo e a Virada Cultural, mas também a maior e principal Fashion Week do continente, e que está entre as cinco principais do mundo. Instituições de ensino, museus; o seu principal museu de arte, o MASP, é um dos mais ricos do mundo, sem falar na sua prestigiosa Pinacotéca e galerias de arte não raro empregam superlativos em suas descrições (sedia, por exemplo, a maior universidade pública do país - a Universidade de São Paulo - a maior universidade privada - a Universidade Paulista - e a maior casa de espetáculos do país, o Credicard Hall).[1]
São Paulo é a principal capital cultural do Brasil, tendo-se consolidado como local de origem de toda uma série de movimentos artísticos e estéticos ao longo da história do século XX. possui o status de sede de muitas das principais instituições culturais do Brasil, é em São Paulo que existe o maior mercado para a cultura, tendo hoje se consolidado como a principal capital cultural do Brasil e uma das 12 Capitais Culturais do Mundo, segundo pesquisa, realizada pelo jornal britânico, The Guardian e que foi encomendada, pela prefeitura de Londres, por ordem, do então prefeito; Boris Johnson.[2]
Na cidade, são celebrados festivais relacionados aos grupos de imigrantes, como a festa da Achiropita (festival Italiano) também com os Matsuri (festivais de cultura japonesa).


Atividade: Faça uma pesquisa com o Tema Cultura Paulista.
(Cite a fonte, pode ser qualquer manifestação cultural: dança, música, culinária, curiosidades e outros temas, sobre a cultura paulista, que você pode escolher.)
Deve ser enviada para jamaral@prof.educacao.sp.gov.br

segunda-feira, 25 de maio de 2020

TEXTO DE SOCIOLOGIA 3ª SÉRIE - MOVIMENTO OPERÁRIO E SINDICAL.


E.E. Dr. Tolentino Miraglia - Sociologia. 3ªsérie.


Os movimentos operário e sindical no Brasil.

Vocês conhecem algum sindicato?

O sindicato é um tipo de organização que não representa apenas trabalhadores, mas também empregadores.

Sindicato: associação, para fins de estudo, defesa e coordenação de seus interesses econômicos e/ou profissionais, de todos os que (na qualidade de empregados, empregadores, agentes ou trabalhadores autônomos ou profissionais liberais) exerçam a mesma atividade ou atividades similares ou conexas.Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. (edição eletrônica). Rio de Janeiro: Objetiva, 2007.

O movimento operário

Diferentemente do que ocorreu na Inglaterra, a formação de uma classe trabalhadora industrial urbana ocorreu bem mais tarde, no Brasil do que nos países europeus, devido ao fato de que, até a vinda da Corte portuguesa, a instalação de qualquer tipo de indústria manufatureira era proibida na colônia. Isso porque Portugal desejava deter o monopólio da comercialização de produtos manufaturados para o Brasil. Desse modo, até 1808, a maior parte das ferramentas, dos tecidos, dos armamentos, munições, cerâmicas, livros, entre outras coisas, vinha de Portugal. Após a vinda da Corte, com a abertura dos portos para as nações amigas, o Brasil passou a comprar produtos da Inglaterra, e o consumo se diversificou. Porém, a entrada maciça de artigos ingleses no mercado brasileiro dificultou muito o surgimento de uma indústria nacional, pois não havia como competir em quantidade e variedade.

O interesse no desenvolvimento industrial só foi possível a partir de 1850, quando o tráfico de escravos foi proibido. Isso gerou demanda por mão de obra e estimulou a entrada de um número significativo de imigrantes estrangeiros, que viriam ajudar a formar a classe operária assalariada. Inicialmente, as condições de trabalho dos operários de fábrica eram tão ruins quanto as que analisamos no caso da Inglaterra: homens, mulheres e crianças trabalhavam longas horas, sem direito a férias, indenização por acidentes de trabalho ou qualquer tipo de proteção por parte do Estado. A maior parte dessas pessoas trabalhava em fábricas nos principais centros urbanos, na virada do século XIX para o XX, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

No início dos anos 1920, a classe operária brasileira ainda era pequena e se formara recentemente,
não chegando a 300 mil pessoas. Internamente, porém, já podia ser considerada diversificada, tanto do ponto de vista social, quanto político. No Rio de Janeiro, por exemplo, a industrialização era mais antiga e o perfil do operariado tendia a ser mais nacionalizado. Segundo José Murilo de Carvalho, havia, contudo, uma presença expressiva de portugueses, cuja cultura e tradição não eram muito diferentes da brasileira, e de operários do Estado e membros da população negra, incluindo ex-escravos. Comparativamente, em São Paulo, a maior parte dos operários era de imigrantes, especialmente italianos e espanhóis, e a presença de empresas públicas e do operariado do Estado era pequena.

A mistura de operários, de origens diversas, gerou comportamentos políticos diferentes nas duas cidades. Dependendo do setor ao qual o operariado estava ligado, mudava também a sua relação com o Estado. A presença de imigrantes estrangeiros trouxe muitas ideias vigentes no contexto europeu para o movimento operário no Brasil, e essas ideias influenciaram a formação de movimentos diferentes e, muitas vezes, antagônicos. É possível identificar, nas duas primeiras décadas do século XX, pelo menos quatro grandes grupos de interesse no interior do movimento operário.

Tendências políticas: “Amarelos”ou reformistas; Anarquistas; Comunistas e socialistas.

Amarelos”ou reformistas: Eram os setores menos agressivos, mais próximos do governo. Ainda que buscassem a melhoria das condições de trabalho e de vida para os trabalhadores, não se opunham à ordem estabelecida, mantendo assim uma relação “clientelista” com seus empregadores.

Anarquistas: Constituíam os setores mais radicais, que rejeitavam qualquer relação com o Estado e com a política, bem como os partidos, o Congresso e mesmo a ideia de pátria. Para os anarquistas, o Estado ou qualquer outra instituição autoritária hierarquicamente superior era considerado dispensável e até mesmo nocivo para o estabelecimento de uma comunidade humana autêntica. Dessa forma, também eram contra qualquer forma de organização ou dominação patronal.

Comunistas: Organizados oficialmente em 1922, defendiam a tomada do poder por meio da revolução. A causa operária dos comunistas era lutar contra o sistema capitalista, substituindo o controle do Estado pelo partido, centralizado e hierarquizado, até que pudesse ser criada uma sociedade sem classes, onde a propriedade privada seria abolida e os meios de produção seriam de todos. Desse modo, o Estado se tornaria desnecessário e posteriormente deixaria de existir.

Socialistas: Menos radicais que os anarquistas e comunistas, acreditavam que podiam fazer avançar os interesses da classe operária por meio da luta política, ou seja, da conquista e do exercício dos direitos políticos.

Questões:
1 - O que é sindicato? Eles representam só os trabalhadores?

2 - Na formação do sindicatos no Brasil quais eram as tendências políticas e entre elas qual a mais radical e a mais conservadora?


Pode ser respondido em: jamaral@prof.educacao.sp.gov.br


 



TEXTO 2ª SÉRIE "ESTABELECIDOS E OUTSIDERS"


E.E. Dr. Tolentino Miraglia. - sociologia – 2ª série.

A relação entre estabelecidos e outsiders

Vamos analisar os conceitos de “estabelecidos” e “outsiders”.
Eles foram idealizados pelo sociólogo Norbert Elias (1897- 1990) na sua análise das tensões ocorridas na pequena cidade de Winston Parva (nome fictício). Esse texto é importante, pois nos ajuda a compreender e refletir não apenas sobre a pequena Winston Parva – que nem sabemos qual é o verdadeiro nome –, mas nos ajuda a pensar o Brasil e algumas das tensões que aqui existem entre nós.

Norbert Elias nasceu na cidade de Breslau, em 1897, na antiga Alemanha. Atualmente a cidade chama-se Wroclaw e fica na Polônia (mudança ocorrida depois da Segunda Guerra Mundial). Elias, portanto, se considerava alemão e considerava Breslau uma cidade alemã; - Era filho de judeus. Primeiro estudou Medicina, depois Filosofia e por fim se interessou pela Sociologia. Com os ânimos exaltados na Alemanha e a Segunda Guerra Mundial quase começando, foi para a Inglaterra com medo das perseguições que já ocorriam na Alemanha, pois, além de ser judeu, ainda era estudante de Sociologia; - Seu primeiro livro foi publicado em 1938 e passou os 30 anos seguintes esquecido; - Elias viajou depois por vários países, tendo morado até na África, onde lecionou na Universidade de Gana; - Ele sempre foi um outsider na academia. Ou seja, sofreu preconceito e só conseguiu o reconhecimento pela sua obra tardiamente, quando beirava os 70 anos. Não foi à toa que ele se interessou por tal tema, pois também foi um outsider na academia.

Publicado pela primeira vez em 1965, o livro “Os estabelecidos e os outsiders” foi escrito em parceria com John L Scotson. Nele, Elias faz uma análise das tensões entre dois grupos na pequena Winston Parva (Inglaterra). A princípio, seu estudo era sobre os diferentes níveis de delinquência encontrados entre o lado mais novo da cidade e o antigo. Mas no decorrer da pesquisa, ele mudou seu objeto para as relações entre os bairros. Sua decisão de mudar de objeto se mostrou acertada, pois as diferenças entre os níveis de delinquência praticamente acabaram no terceiro ano da pesquisa. O bairro mais antigo, contudo, continuava vendo a nova área como local de delinquência. Elias verificou que naquela pequena localidade encontrava-se um tema universal: como um grupo estabelecido estigmatizava, isto é, marcava de forma negativa, um outro grupo tratando-o como outsider.

O termo outsider não tem uma tradução muito fácil para a língua portuguesa. Literalmente, significa “de fora”, ou seja, alguém que veio de outro lugar e não é membro original do grupo, não se encaixa muito bem nele. Mas dizer em português ele é um “de fora” ou alguém fora do grupo soa um tanto quanto estranho aos nossos ouvidos. É por isso que o termo não é traduzido e usa-se a expressão em inglês.

Quais fatores que podem levar um grupo a hostilizar outro?
O que estava em jogo naquela pequena cidade e o que está em jogo numa relação entre
estabelecidos e outsiders não é a diferença de cor, religião, ou qualquer outra entre os grupos, mas sim a diferença de poder.

Elias nos mostrou que o problema não está nessas características que podem diferenciar os grupos, mas sim no fato de que uns grupos têm mais poder e acham por isso que são humanos melhores do que os outros. Esses grupos que têm mais poder usam essas diferenças porque se veem como superiores. A questão é a diferença no equilíbrio de poder entre eles. Ou seja, em última instância, não é a cor, religião, nacionalidade etc., que faz um grupo ver outro como inferior, mas sim o fato de que eles detêm um poder maior do que o outro e, assim, usam esses fatores como justificativa para manter esse poder. Isso tanto pode ser feito de forma inconsciente como consciente. Ou seja, um grupo pode manipular as características de outro de forma negativa a seu favor, de propósito, como pode fazer isso de forma inconsciente.
No caso da cidade estudada por Elias, a única diferença entre as duas áreas era o tempo
de residência: um grupo estava lá havia duas ou três gerações e o outro chegara recente-
mente. A superioridade ali não tinha a ver com poder militar ou econômico, mas sim com
o alto grau de coesão das famílias (ELIAS; SCOTSON, 2000. p. 22).

Desta forma, eles conseguiam se organizar para obter os melhores cargos nas organizações locais, como o conselho, a escola e o clube e, assim, excluíam os outros que não tinham coesão entre si. A coesão de um grupo está relacionada ao grau de integração do grupo. Os moradores mais antigos eram, portanto, profundamente integrados.
Mas o que vocês acham que pode levar à integração de um grupo? O que levava a essa integração era a aceitação quase irrestrita das regras do grupo. Ou seja, grupos coesos são aqueles nos quais seus participantes aceitam quase que totalmente as regras do grupo.Elias então percebeu que o grau de coesão de um grupo interfere nas relações de poder entre esse grupo e o resto da sociedade. Pois um grupo coeso pode conseguir atingir seus objetivos de forma muito mais rápida e eficaz do que aquele cujo grau de integração é menor.

Questões:

1- Quem foi Norbert Elias?


2- O que significa "outsider", para Norbert Elias?


3 -Como era, na análise de Elias, a relação entre estabelecidos e outsiders?



PODE SER RESPONDIDA NO E-MAIL: jamaral@prof.educacao.sp.gov.br


TEXTO 1ª SÉRIE - 'TEATRO IMAGINÁRIO DE GOFFMAN"