E.E. Dr. Tolentino Miraglia. S o c i o l o g i a .
RELAÇÕES E INTERAÇÕES SOCIAIS NA VIDA COTIDIANA. - 1ª SÉRIE – Ensino Médio.
A preocupação com o que os outros pensam a nosso respeito é parte importante das relações entre os seres humanos. Isso acontece porque, de um lado, queremos fazer parte do grupo, não sermos excluídos e, por outro lado, porque também gostaríamos que os outros nos aceitassem como somos. Afinal de contas, como vimos anteriormente, o ser humano é um ser social e não consegue viver sem o convívio com outras pessoas. Porém, ser aceito e não ser excluído do grupo exige muito esforço: é preciso conhecer as regras do grupo, saber conviver com as pessoas, relacionar-se, comunicar-se – uma série de conhecimentos que não aprendemos de um dia para o outro.
Na Situação de Aprendizagem anterior, vimos que esse conhecimento é adquirido por meio do processo de socialização. Aprendemos em casa e na escola, com nossa família, nossos pais, irmãos, avós, primos, tios, colegas, professores e muitas outras pessoas, como comportar-se diariamente. Esse aprendizado é constante e diário, e jamais termina. Vimos também que, muitas vezes, nem sempre o que aprendemos funciona em todas as situações; desse modo, temos de nos adaptar ao imprevisível. Mas, agora que já sabemos como aprendemos a viver em sociedade, é preciso compreender como utilizamos esse conhecimento para conviver.
Representando papéis sociais
Geralmente, quando entramos em uma situação de interação social, em que qualquer ação nossa, seja um simples olhar, influenciará a ação do outro, é importante definir que tipo de situação é essa e o que podemos esperar do comportamento do outro. Assim, saberemos qual é a melhor maneira de agir para obter a resposta desejada. Representamos o que a sociologia chama de papéis sociais.
Mas o que vem a ser um “papel”, do ponto de vista da Sociologia?
Um papel, portanto, pode ser definido como uma resposta tipificada a uma expectativa tipificada. A sociedade predefiniu a tipologia fundamental. Usando a linguagem do teatro, do qual se derivou o conceito de papel, podemos dizer que a sociedade proporciona o script (roteiro) para todos os personagens. Por conseguinte, tudo quanto os atores têm a fazer é assumir os papéis que lhes foram distribuídos antes de levantar o pano. Desde que desempenhem seus papéis como estabelecido no script, o drama social pode ir adiante como planejado. O papel oferece o padrão segundo o qual o indivíduo deve agir na situação. Tanto na sociedade quanto no teatro, variará a exatidão com que os papéis fornecem instruções ao ator. BERGER, Peter. Perspectivas sociológicas: uma visão humanística. Petrópolis: Vozes, 2007. p. 108-109.
Quando não conhecemos as pessoas com quem vamos interagir, interpretamos o seu comportamento com base naquilo que podemos observar a respeito delas: sua expressão, sua postura, suas roupas, seus gestos, seu modo de falar, seu sotaque. Outros aspectos que influenciam nossa interpretação são o preconceito e noções retiradas do senso comum. Tanto que, muitas vezes, acabamos cometendo enganos a respeito das pessoas e entrando naquilo a que chamamos de “saia justa”.
Um exemplo: quem nunca chegou por trás de alguém, pensando tratar-se de um amigo, foi cumprimentá-lo e, quando a pessoa se virou, viu que tinha se enganado?
É interessante observar que nem sempre desejamos comunicar aos outros exatamente aquilo que somos. Dependendo da situação e do contexto social em que nos encontramos, a imagem social que desejamos transmitir pode variar. Há situações em que essa imagem é socialmente determinada, ou seja, somos obrigados a agir de acordo com o contexto social em que estamos. Ao adotar essas formas de comportamento, em que a imagem pessoal é manipulada nas situações de relação e interação social, dizemos que estamos exercendo papéis, como faz um ator quando assume o papel de uma personagem na televisão ou no cinema. A diferença é que, socialmente, não precisamos “decorar” um roteiro predefinido de falas para exercer um papel; a maneira como vamos agir e o que vamos dizer será influenciado pela situação em que nos encontramos, e nosso comportamento geralmente se baseia naquilo que já experimentamos antes ou vimos outras pessoas fazerem.
Questões:
1. Como o sociólogo Peter Berger define papéis sociais?
2. Na sua opinião, qual é o papel social do estudante na sociedade?
PODE SER RESPONDIDO EM: prof.jr.braga@gmail.com
Ketely Liandra de Paula 1 ano E
ResponderExcluir1- Peter Berger e Thomas Lukmann: indivíduo e sociedade. ... O indivíduo adquire conhecimento do papel dos outros e neste processo entende o seu papel, em suma, apreende sua personalidade através de uma atitude reflexa. A consolidação dos papéis sociais é entendida como tipificações de condutas socialmente objetivadas
2- Ter participação ativa, consciência e engajamento
É possível concluir que o papel do aluno é de estudar visando ao aprendizado a longo prazo e ao cumprimento de seus objetivos pessoais, o que requer sua participação ativa e voluntária em muito do que a escola propõe
ResponderExcluir1) Para Peter Berger a socialização refere-se ao processo através do qual acontece a interiorização da realidade, sendo esse um processo contínuo que permite a integração dos indivíduos
2) Busca conhecimento em meio a sociedade de maneira que ele também ajuda a sociedade a ter conhecimento com esses atos que nós alunos procura evolui em meio a sociedade para que nós tem comunhão uns com os outros
1-O papel oferece o padrão segundo o qual o indivíduo deve agir na situação. Tanto na sociedade quanto no teatro, variará a exatidão com que os papéis fornecem instruções ao ator.
ResponderExcluir2-De um estudante, é seu futuro, suas perspectivas de vida, aprender, ajudar, respeitar
@Matheus Henrique da Silva Barros 1°e