segunda-feira, 22 de junho de 2020

Atividade de Sociologia - O Conflito pela terra - 3ªsérie.

E.E. Dr. Domingos de Magalhães – Atividade de Sociologia - 3ªsérie.

FORMAS DE PARTICIPAÇÃO POPULAR NA HISTÓRIA DO BRASIL –
O CONFLITO PELA TERRA.


 A disputa pela posse de territórios, pelo direito à exploração de recursos, uso da terra, extração de minérios, especialmente o ouro, e também de exercer atividades comerciais, vendendo e usufruindo livremente do lucro obtido com a comercialização da sua produção, provocou muitas revoltas contra o aprisionamento e a escravização de índios e negros africanos, cobrança de impostos pelo governo, abuso de poder das autoridades e opressão das oligarquias rurais sobre a população mais pobre, que vivia do trabalho da terra.

 Essas rebeliões se assemelham por terem sido de forte caráter popular e, na maior parte das vezes, por terem contado com a participação de vários grupos dos setores mais pobres da população, como populações ribeirinhas, homens livres, mestiços, negros de ganho e escravos, sertanejos, entre outros. Porém diferem pelas motivações e circunstâncias que levaram aos acontecimentos. Durante o Primeiro Reinado tiveram um caráter fortemente oposicionista aos governos locais e, muitas
vezes, o seu objetivo era o de tomar o poder e tornar a província ou região

Estes conflitos envolviam, principalmente, três atores sociais, escravos, homens livres pobres e coronéis, vamos destacar o papel social de cada um desses grupos em conflito.

Escravos: A utilização do trabalho escravo, tanto do indígena quanto do negro africano, teve um
profundo impacto nas relações sociais no Brasil. As populações que viviam sob esse regime sofreram a opressão do trabalho compulsório, dos maus-tratos, da tortura, dos castigos, das doenças e do extermínio. Muitos escravos procuraram livrar-se da condição de cativos, refugiando-se em comunidades (quilombos) onde buscavam preservar certa autonomia, criando estilos de vida e cultura próprios, produzindo alimentos e comerciando com outras comunidades vizinhas, ou rebelaram-se no interior das próprias fazendas, negociando melhores condições de vida com seus senhores. A participação de escravos negros e de negros fugidos nas diversas revoltas populares nesse período tinha como objetivo a libertação dos escravos, a liberdade de cultos religiosos, o uso da terra e a luta contra os desmandos das autoridades.

Homens livres pobres: Nessa categoria estão compreendidos os pequenos proprietários, homens brancos sem terra e sem trabalho, pequenos comerciantes, artesãos, trabalhadores rurais. Submetidos aos grandes proprietários rurais e donos do poder local, eram vítimas da sua ganância e
opressão, sem participar dos processos de decisão política. Essa população, nas várias revoltas, tinha o objetivo de lutar contra os desmandos e abusos das autoridades locais, pela posse e uso da terra, pelo direito de exercício de atividades comerciais, de extração de minério e contra mudanças introduzidas pelo Governo, como no caso do Censo e do registro civil de nascimentos e óbitos ou no sistema de pesos e medidas.


Coronéis: As relações de poder no século XIX e início do século XX eram extremamente desiguais. A luta política era intensa e violenta. O que estava em jogo não era o exercício de um direito de cidadão, mas o domínio político local. O chefe político local, também conhecido como “coronel”, não podia perder poder: a derrota representava o desprestígio e a perda de controle de cargos públicos, como os de delegados de polícia, juiz municipal e postos na Guarda Nacional, por exemplo. Assim, a manutenção das relações de dependência entre chefes locais e seus “clientes”, geralmente os segmentos da população mais pobre, garantia-lhes os votos necessários nas eleições legislativas para o Senado e para a Câmara dos Deputados durante o período da Monarquia Constitucional, perpetuando assim a manutenção do poder das oligarquias rurais.

Podemos destacar também os povos indígenas que já habitavam este território há séculos e que tem suas terras constantemente invadidas. O índio não precisa assimilar a nossa cultura e se integrar aos padrões de nossa sociedade, ele deve ser respeitado e sua cultura deve ser preservada. A sociodiversidade (diversidade entre etnias (povos) diferentes), a diversidade sociocultural entre grupos étnicos é um tesouro que deve ser protegido. A Sociodiversidade é essencial para a sobrevivência da humanidade e o equilíbrio do planeta.

O Voto, assinar um abaixo-assinado, participar de assembleias e manifestações políticas são alguns exemplos de participar popular que ocorrem em nossa sociedade.

 Todas são formas de participação política em uma sociedade democrática podem expressar a vontade, os ideais e os objetivos da população, e podem contribuir para mudanças na maneira como a cidade é organizada ou é governada.


1 – Quais são os atores sociais destacados no texto sobre conflito de terra?

2 – Um país como o Brasil, com tantos conflitos de terra, na sua opinião, como resolvê-los?

3 – Os indígenas também sofrem muito com invasões de seu território, segundo o texto, os índios devem se integrar à nossa sociedade?



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